Quando amamos, nos tornamos muito pequenos, muito pobres, porque podemos nos ferir se o outro não aceitar a comunhão que estamos lhe oferecendo…

Dizer a alguém “eu te amo” é tornar-se muito vulnerável. A linguagem do amor é muito frágil.

Avança-se passo a passo, não muito depressa. O outro pode ficar com medo.

Amar é cativar lentamente…

Temos medo de amar, porque no amor revelamos nossa fraqueza, nossa pobreza radical… De fato, temos medo de nós mesmos. Não daquilo que há de mais profundo em nós, mas de uma parte profunda de nosso ser onde existem o mal, o medo e o ódio, que conhecemos, não queremos ver, mas que estão lá….

Mas Jesus me amou e me ama. Não preciso mais me preocupar com as coisas que me seduzem.

A liberdade que Jesus me traz faz com que meu coração cante, eu possa olhar o outro nos olhos e dizer “eu te amo”.

Aquele que ama oferece-se a si mesmo, sem barreiras, num élan de amor;

O amor amedronta porque implica um risco.

O respeito à liberdade do outro, sem previsão de que isso evoluirá é o risco do amor…

O amor não é só uma experiência que nos abre ao infinito; é também um laço, um vínculo que nos traz de volta ao tempo…

O amor é um mistério, por isso nos dá medo…

Jesus se colocou neste estado de pequenez, para nos amar, por isso não devemos ter medo.

O amor é, às vezes, estranho e maravilhoso, está cheio de contradições.

De uma maneira misteriosa, além do tempo, é comunhão, presença consolidada na eternidade.

Está firmemente ancorado no tempo, pois, se sifgnifica abertura das portas do nosso ser, é também felicidade cotidiana, perdão, ajuda mútua, no momento do sofrimento e dificuldade.

O amor é fidelidade às pessoas com todas as dificuldades que isso comporta quando o primeiro entusiasmo deve afrontar a realidade do dia-a-dia.

• Trechos do livro: “Não temas”, de Jean Vanier


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