"Desde a época de João Batista até o presente, o Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam"
Mat 11,12
"Falar do mistério do Corpo de Jesus, nos dias de hoje, é um ato de violência. É não permitir que esses mistérios sejam tirados da nossa própria alma, do nosso coração.
Lembrando-me de São Pio, eu percebi que há dois caminhos que hoje são ardentes e preciosos: o primeiro é a nossa autêntica profissão de fé. Do seu coração não ser alterado pelas falsas doutrinas que vão contra a fé que você professa; principalmente contra o maior e mais sublime que nós temos: o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus.

Que eu faça você compreender que comungar o Senhor é comungar o sacrifício da dor, sua vida, a verdade absoluta. Comunhão pessoal de dois corações. É extraordinário que você comungue o sacrifício perfeito durante o sacrifício da Missa. Adorar ao Senhor é dar a vida por Ele. Por isso que o adorador entra em comunhão, coração com coração, alma com alma, e a cada Missa participa do sofrimento do Senhor.
Os Santos têm um amor profundo pela Igreja, pelos mistérios. O Senhor quer verdadeiramente entrar em sua vida, quer ser alimento, ser o amor. Em nossa decisão de comungar Jesus, precisamos ser violentos e rasgar nosso coração para Deus entrar. Que você ao viver o sacrifício na Santa Missa você tenha para com Ele um intenso mistério de comunhão, tão profundo que entre dois humanos é impossível.

Não é o teu querer, por favor, seja ‘violento’ com o Senhor, se mostre ardente ao amor do Senhor, pois Ele se dá todo a você. Você pode ter Ele como verdadeiro amigo. Chega de receber Jesus como ‘coisa’. Ele é teu Deus, teu Senhor. Ele não é objeto, É o sacramento do Sacramento. 'Adorar ao Senhor é dar a vida por Ele' Após a Consagração não existe mais pão, é o Corpo de Cristo. Que você seja ‘violento’ com o mistério maior da Igreja. Lutero tentou amenizar as coisas, é como se o vinho fosse mais ou menos presente, com um sangue entrado no vinho. Não, Não existe mais vinho, não existe mais pão. Essa presença persiste até o final da Missa, adorado. O ápice da Igreja é a graça de poder comer Deus. Ajoelhe na Consagração. Dobre realmente seus joelhos, porque é um momento penitencial. Ajoelhar-se é um ato de adoração a Deus. Adore com violência, não seja morno. Vá ao altar com toda sua alma, todo seu coração, Jesus destrói todo muro que não permite que você se entregue a Ele. É pessoa com pessoa. Deus é quem faz Misericórdia. Cada Missa é o amor de Deus. Falta muito aos católicos a coragem e ‘violência’, determinação de amar e ter Jesus como único Senhor de tua vida, no profundo do teu coração. ‘Comungar Jesus é comungar o sacrifício da cruz’, dizia São Tomas de Aquino. O primeiro desejo do Senhor é que sua vida seja consumada como se fosse o último momento mais belo de tua vida. ‘Tudo quero por Ti. Entregar-me e consumar-me por Jesus. Eu estou em Ti e Tu entras em meu corpo e em meu sangue’. É o que acontece em toda a Missa.
Ele se entrega todinho a você, é seu amigo mesmo, sem limitações. Não se preocupe com seus problemas. Deus é amor e vai ao seu encontro por amor. Ele quer entrar no mais profundo de sua vida. Eu desejo com toda a minha alma que você seja violento com os mistérios do Reino de Deus. ‘Não és tu que me hás de mudar em ti, como os alimentos de tua carne, mas és tu que serás mudado em Mim’ Santo Agostinho. O que Deus quer de você é uma fusão de amor. Coração a coração, pessoa a pessoa. É o amigo que pode entrar nas suas entranhas. E que todos falem: Ele é meu amigo. "
Pe Roberto Lettieri

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